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Primeiro, gostaria de apontar o meu repúdio à atitude da Igreja Católica, em razão de manter cânones absolutamente ultrapassados e fora da realidade do mundo atual. No caso do artigo citado, trata-se de privilegiar o gênero masculino em detrimento do feminino. Itens semelhantes, com respeito à falta de visão, também são encontrados quando o assunto é o uso de preservativos. A Igreja mostra-se igualmente contra e pune os infratores com a excomunhão automática... Felizmente, não há nenhum controle sobre esse particular... Só falta instituírem uma Inquisição para este fim...
Há ainda este ótimo comentário, que também vale a pena ser lido.
Mas o artigo, em seu início, chama a atenção para um ponto vital deste problema, que é a atribuição do instante em que a vida se inicia. Qual é este instante?
Porém, é preciso ir um pouco mais fundo: o que é VIDA?
Acredito que se a Vida for corretamente definida e conceituada, haverá como evitar muito sofrimento e dor a quem não o merece, apenas em prol de uma piedade sem nexo.
De uma forma, geral, admite-se que a vida seja aquele fenômeno que anima a matéria.
Os cientistas afirmam que ao menos um dos processos abaixo precisa ocorrer para que possa se admitir a existência de vida:
1. Crescimento, produção de novas células
2. Metabolismo, consumo, transformação e armazenamento de energia e massa; crescimento por absorção e reorganização de massa; excreção de desperdício.
3. Movimento, quer movimento próprio ou movimento interno.
4. Reprodução, a capacidade de gerar entidades semelhantes a si própria.
5. Resposta a estímulos, a capacidade de avaliar as propriedades do ambiente que a rodeia e de agir em resposta a determinadas condições.
Porém, existe um aspecto que não é considerado, especialmente com relação ao feto: embora ele possua crescimento, metabolismo, movimento e resposta ao ambiente, não possui consciência. Os rosacruzes afirmam que enquanto o feto não inspirar pela primeira vez, a vida não se instalou. O fato é que aquele feto, até então, é um organismo dependente do organismo da mãe, usando-o para se alimentar e mesmo para as funções acima descritas. Caso não exista este meio, o feto não evoluirá.
Vou tornar esta situação um pouco mais fácil: o feto não possui capacidade (mesmo que instintiva) de decisão e, por conseguinte, depende inteiramente do organismo no qual se encontra hospedado - estou incluindo os casos de fertilização assistida.
No caso de uma criança anencéfala, a medicina já permite o aborto.
Mas existem outras situações que também deveriam ser contemplados, uma vez diagnosticados durante a gestação.

Não se trata de simplesmente defender ou prolongar uma vida ou várias, mas sim, de proporcionar qualidade àquelas que vem chegando e as que estão partindo, inclusive, que possam partir com dignidade.
Uma outra definição interessante a respeito da Vida, diz que é o espaço de tempo decorrido entre o seu nascimento e morte. Que este tenha qualidade e que Deus possa estar com ele, em toda a sua vida.