quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

É Natal... cadê o Natal?

Neste final de ano, os relógios atômicos de césio serão novamente atrasados em um segundo.
Segundo os cientistas, isso ocorre porque este modo de medir o tempo não reflete a rotação da Terra, estando relacionado apenas ao ciclo próprio da radiação do referido elemento químico. A última vez que esse ajuste se fez necessário foi quando houveram os tremores que resultaram no tsunami na Indonésia, Índia e Sri Lanka, que interferiram na velocidade da rotação do planeta.

Contudo, há muito mais contido apenas neste único segundo, a começar, o fato de que a forma de medir o tempo não se encontra relacionada a um fenômeno que normalmente utilizamos para tal.
O natural seria empregar a rotação da Terra ao redor de si mesma e ao redor do Sol, correspondendo aos dias e anos, mas esse movimento é irregular. A suprema busca de precisão e linearidade não permite esses “erros” ou desajustes e buscou alguma forma mais precisa. Chegamos ao tal relógio atômico que, de fato, nada tem a ver com o Tempo como nós o conhecemos.
Este único segundo é emblemático pois representa o quanto estamos dissociados dos ritmos verdadeiros, dos ciclos naturais que ocorrem em nosso planeta, inclusive interferindo neles a ponto de, em certas localidades, não ser mais sequer perceptível.
É o progresso da humanidade...

O avanço tecnológico e as necessidades de uma economia artificial são a sustentação da vida artificial que levamos hoje e que produz uma enorme quantidade de resíduos, eufemismo para LIXO.

Chegamos ao Natal e o foco, na maior parte das pessoas em todo o mundo é o consumo, comprar e comprar, com a desculpa de dar presentes. Mas estamos em meio a uma crise financeira que, ao que tudo indica, está apenas em seu começo e que faz o dinheiro sumir do mercado gerando desemprego generalizado e, com isso, reduzindo drasticamente o consumo.

O Natal é uma festividade de recolhimento e confraternização. Encontrava-se associada ao Solstício de Inverno, no Hemisfério Norte e ao Solstício de Verão, no Hemisfério Sul. Várias lendas e mitos foram associadas a esta ocasião e posteriormente “reeditadas” pelas religiões, que os incorporaram, embora mantendo os seus princípios e assim é desde as primícias da existência do Homem no planeta.
Para quem não sabe, o Papai Noel vestido de vermelho numa carruagem puxada por renas é invenção da Coca Cola numa de suas campanhas de marketing no início do século XX. Antes existia um tal de Santa Claus, que tem uma estória controvertida, pois se mistura com a de Odin e de outros. Tenho um post a esse respeito, contando as origens do mito do “bom velhinho”.

Esta falta de sintonia e sincronia com o próprio planeta, o lugar em que vivemos, tem levado não apenas à deterioração da Terra, mas da também, da Humanidade e do que ela significa. Tornamo-nos Homo Consumus, exaurindo as reservas naturais do planeta em razão da manutenção de uma economia dissociada dos limites até do bom senso.
De fato, não se trata apenas de uma crise financeira mas, acima de tudo, de uma crise de valores, uma vez que outros movimentos que se apóiam na sustentabilidade e em justiça social deixam de ser apenas utopias tornando-se metas desejáveis de médio e curto prazo.

A recente catástrofe ocorrida em Santa Catarina (aquele furacão que devastou Houston chamava-se Cathrina...) mostrou o poder de mobilização e solidariedade da sociedade civil. Em outras palavras, ainda resta alguma louvável “humanidade” entre as pessoas.

É Natal, é ocasião de desacelerar, de acabar com os desentendimentos, especialmente os familiares e confraternizar. É ocasião para lembrar de nossos ancestrais, que não se encontram mais conosco, mas também são responsáveis por sermos o que somos. Acima de tudo, é preciso desacelerar o consumo e acelerar as relações sociais entre as pessoas, começando pelos laços consanguíneos.
É o amor que importa, expresso num abraço, numa palavra de conforto, ou apenas, em ouvir um ente mais velho.

Mas se você ainda não se convenceu, veja este vídeo com atenção e reflita...

domingo, 30 de novembro de 2008

Rendendo-me às evidências

Conjunção tríplice no céu: Lua, Vênus e Júpiter.
Vamos pelo lado bom? Juntos, indicam abundância, prosperidade e fertilidade.
Mas... sempre tem um mas...
Lua em Capricórnio => em Exílio.
Júpiter em Capricórnio => em Queda.
Vênus em Capricórnio => Peregrina.
Ou seja, o benefício que proporcionam é de moderado a pequeno.

Explicação:
A conjunção entre esses três astros deve trazer um alívio ao tão combalido sistema financeiro mundial. Mas esse alívio será pequeno ou moderado.
De minha ótica, será quase insignificante.

E como diz o Tutty Vasques: e não se fala mais nisso.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Culpados da atual crise financeira

A história se repete!!! Entretanto, da outra vez, as instituições financeiras iam bem e os governos (no caso, os reinos), muito mal.
E aí foi simples: prenderam e torturaram todo mundo, tomandos todas as suas propriedades. Igreja e Estado se reuniram para acabar com os Templários porque eles deviam de forma impagável (não existia a Lei de Responsabilidade Fiscal) e era mais fácil eliminar a quem deviam. A Ordem do Templo foi a primeira instituição bancária organizada da qual se tem notícia, financiando vários reinos da Europa.

Nesta crise atual, vemos alguns bancos ficarem insolventes e observa-se um movimento parecido, à medida que os Bancos Centrais têm recomprado algumas instituições, reestatizando-os...

Tudo culpa de Filipe, o Belo e do Papa Clemente V.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Confusão generalizada: Mercúrio retrográdo?

Acompanhar o notíciário nesses dias está bastante divertido, ao menos para mim, que não tenho um tostão aplicado na Bolsa... eles andam mesmo na carteira... rs...
Desde o dia 24/09 que esse tal de Mercúrio se encontra retrógrado em Libra. Não é um fenômeno dos mais incríveis, mesmo porque é apenas uma questão de perspectiva, ele não anda para trás de fato e é apenas como ele é visto de nosso planeta azul (por enquanto). E ainda por cima, ocorre três vezes ao ano.
A crise de crédito nos EUA já vem há tempos, mas nesses dias, parece que o pesadelo saiu do armário e resolveu assustar todo mundo. No Brasil, as Bolsas sobrem e descem aleatoriamente... de manhã, ela sobe 7% e cai 9% no final da tarde. Aí o pessoal tenta se defender com o dólar, que está nas nuvens outra vez...
Mas tem mais!!! Ontem rolou o debate dos vices nos EUA... um fiasco que acabou por complicar ainda mais a candidatura McCain.
E temos as eleições para prefeito ocorrendo em 1º turno justamente sob efeito "mané conversinha" (Mercúrio em Libra, retrógrado, vira mestre em mentiras...).

Esse cara, esse tal de Mercúrio, na maior parte das ocasiões em que forma trânsitos, passa até desapercebido, mas quando fica retrógrado, chama todos os holofotes para si. Para ajudar, Marte está sainda de Libra e entrando em Escorpião. Quando o fizer, coloca a Vênus, que lá está, em maus lençóis porque acaba a mútua recepção.
E ainda estamos na fase crescente da Lua...

Não vou arriscar nenhum palpite, porque já andaram me crucificando...
De todo modo, 2012 vem aí... lálálálá...

domingo, 27 de abril de 2008

Escasses de alimentos? Alta do Petróleo?

Três notícias têm sido constantes nos últimos meses:
- a escassez dos alimentos.
- a alta do petróleo.
- a grave crise econômica dos EUA.

As conseqüências do conjunto desses acontecimentos têm levado aos governantes e as suas nações ao medo de uma recessão global.
Bem... os gurus de todas as partes, inclusive o Argüelles, com a sua proposta do Calendário Maia, a mais de 20 anos postulam que o mundo passará por uma reformulação severa em meados de 2012. Estamos quase chegando lá.
Alguns textos hoje encontrados na Internet dão conta que as "profecias" daqueles gurus já se realizaram parcialmente. Eu tomei conhecimento de seu teor ainda em 1986 e confesso ter duvidado delas... Nesses textos, embora mudem de tom, encontramos uma constante, que enfoca o fim do sistema financeiro como o conhecemos. Raros são aqueles que falam de alguma catástrofe natural. Mas, se o dinheiro acabar ou perder o seu valor, estaremos diante de uma catástrofe de proporções inimagináveis, uma vez que o valor dos bens e serviços terá de ser revisto a um patamar daquilo que realmente valem.
Há uma pressão inflacionária ocorrendo em todo o planeta, impulsionada pelos indicadores acima descritos. Apenas um deles já seria necessário para gerar uma pressão de elevação dos preços. Duas das componentes que impulsionam essa pressão são essenciais para a manutenção do sistema de sobrevivência da humanidade, a saber, alimentos e petróleo. Este último, não é apenas a origem dos combustíveis, mas também, a fonte de um sem número de outros subprodutos, como plásticos, isopor, etc...
A população cresceu? É um dos fatores e talvez o fator decisivo sobre todos os demais.
Tivemos alguns anos de crescimento sustentado da economia, que proporcionaram ganhos de renda sensíveis, especialmente em nações antes consideradas pobres. China, Índia e Brasil, atualmente considerados emergentes, melhoraram em muito a qualidade de vida de seus habitantes. Estes, passaram a consumir mais, a comprar mais e a comer mais e melhor. A primeira parte da equação está montada. E, para completar esta parte, a demanda de consumo encontra-se acima da capacidade industrial.
No caso dos EUA, as questões são outras, derivadas da maneira como administram o seu sistema financeiro e o que lhes dá fundamento. Na verdade, no âmago desta questão se encontra uma gravíssima crise de valor, que já levou os Tigres Asiáticos quase à falência. No entanto, estamos comentando sobre a maior economia do planeta, que atualmente se encontra em meio a uma crise sem proporções, uma vez que é muito maior que aquela de 1929 e tem fundamentos diferentes.
Pode-se dizer que a capacidade de produção do planeta está próxima de seu limite, juntando ao tema da sustentabilidade e da preservação ambiental (emissão de carbono, etc...) e o assunto fica ainda mais complexo.

Desde de setembro de 2007 que Saturno se encontra no signo zodiacal de Virgem.
Tivemos Rodada de Doha e Reunião do G7 nos termos de Mercúrio, sem nenhum resultado prático. Muita conversa para vermos os preços do milho e do trigo dispararem no mercado internacional. Pouco após a Rodada de Doha, tivemos uma reunião do blocos dos países emergentes onde o assunto principal eram as tarifas sobre alimentos novamente. O resultado não foi diferente daquele obtido na Rodada de Doha.
Saturno esteve retrógrado entre 31/12/2007 a 03/05/2008, voltando até o início do signo e reforçando as suas características associadas à produção industrial e de alimentos.
Voltando ao movimento direto, ainda nos termos de Mercúrio, outras reuniões ou conversas a nível de governo devem continuar ocorrendo, especialmente ao longo de maio, enquanto Mercúrio estiver em Câncer.
A partir de setembro, Saturno estará nos termos de Vênus, quando Júpiter também retornará ao movimento direto. Este pode der o período em que se possa chegar a acordos sobre os preços da commodities em geral, incluindo os alimentos, bem como, alguma coisa quanto às tarifas. É bastante provável que estejam num patamar de preços mais elevado que aquele praticado no início do ano, mas já tenham se acomodado a uma nova realidade, sem tantas oscilações que assustam os mercados.
Nesta época, mesmo os EUA tendem a estar numa situação ligeiramente mais confortável. No entanto, a sua economia não se normalizará tão rapidamente quanto seria desejável, contaminando de incertezas outros mercados ao longo do globo.
Para o ano de 2008, portanto, falar de escassez de alimentos é um pouco forte, mas sim de aumento da demanda, mais adequado. Diversos países, dentre eles o Brasil, têm tido safras recordes e enfrentam altas tarifas alfandegárias para colocarem seus produtos no mercado. De todo modo, tendem a trazer um ganho de valor considerável, notadamente a partir de setembro, quando Júpiter também estiver direto em Capricórnio.

Porém, que não se desconsiderem os sinais que sugerem uma catástrofe financeira em andamento.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Cálculo da data da Páscoa litúrgica

A Páscoa não é comemorada apenas no meio cristão. Encontramos-na primeiramente entre os judeus, que relembram a saída dos israelitas do Egito e sua viagem milagrosa através do Mar Vermelho. Essa viagem, descrita no Êxodo, teve em Moisés seu chefe e guia. A celebração consta de uma refeição cerimonial, conhecida como o seder, durante a qual se relata a narrativa do Êxodo e são feitas orações de ação de graças a Deus incluídas no Haggadah.

A Páscoa cristã, celebra a ressurreição de Jesus Cristo sendo comemorada num domingo, entre 22 de março e 25 de abril. As datas de outras celebrações eclesiásticas que abarcam o período entre o domingo da Septuagésima (nono domingo antes da Páscoa Cristã) e o primeiro domingo do Advento (primeiro dos quatro domingos que antecedem o Natal) são fixadas em relação à data da Páscoa Cristã.

Ambas as festas são móveis e comemoradas em datas diferentes, mas fixadas de tal modo a ocorrerem sempre próximas ao equinócio da primavera (no hemisfério norte). Talvez o termo Páscoa seja oriundo de pascem, em latim, significando fazer as pazes, estabelecer uma aliança. Como sabemos, tanto Moisés como Jesus Cristo restabeleceram uma aliança com o Pai Celestial ou Criador. Para quem deseja se reportar a rituais mais antigos, a Páscoa representa a ressurreição do deus solar Osíris e encontra paralelos em outras culturas do mundo, sendo comemoradas sempre na mesma época do ano.

O Concílio de Nicea, em 325 DC, fixou a data da Páscoa como sendo “o primeiro domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adotado como sendo 21 de março”. A Lua Cheia era definida como sendo aquela que ocorre 13 dias após a Lua Nova anterior. A data da Lua Nova era dada pela tabela elaborada pelo ciclo metônico. Em virtude dessas três condições, a data da Páscoa calculada nem sempre coincide com a data que seria obtida se fossem adotados critérios astronômicos reais.

Apenas por curiosidade, vejamos como é calculada a data da Páscoa, sem empregar as tabelas astronômicas ou eclesiásticas. Essas fórmulas foram elaboradas por Gauss e adaptadas para o período entre 2000 e 2099.

R (x/y) corresponde ao resto inteiro quando dividimos os números “x” por “y”.
Seja “A” o ano da Era Cristã para o qual desejamos determinar a data da Páscoa (P).

a = R (A/19)

b = R (A/4)

c = R (A/7)

d = R ((19.a + 24)/30)

e = R ((2.b + 4.c + 6.d + 6)/7)

então

P = 22 + d + e

Se P for menor que 31, a Páscoa será em março. Se maior que 31, então P’ = d + e – 9, caindo em abril.
Se no entanto P’ for maior que 25, basta subtrair sete dias para chegarmos à data da Páscoa.
Todas as demais festas religiosas do calendário eclesiástico cristão são definidas tomando por base a data da Páscoa. Veja algumas das relações:

Domingo de Carnaval = P - 49

Domingo do Espírito Santo = P + 49

Corpus Christi = P + 60

Nos primeiros tempos do cristianismo, os recém-batizados usavam roupas brancas durante a oitava de Páscoa, cor litúrgica pascal pois significa luz, pureza e alegria.

Calendários diversos: egípcio, babilônico, grego e juliano

O Calendário Egípcio consistia de 12 meses com 30 dias cada e mais 5 dias adicionais ao final do ano. Percebemos assim que ele é cerca de 6 horas mais curto que o Ano Solar.
Assim, a cada 4 anos, o primeiro dia do ano egípcio se antecipa em um dia em relação à respectiva primavera. Após 120 anos, essa defasagem já é de um mês. Apenas após 1460 anos haveria a correspondência novamente.
Em virtude de características geográficas e climáticas, os egípcios dividiram o ano em três estações: das inundações (julho a novembro), semeadura (novembro a março) e colheita (março a julho). Como a ano egípcio era mais curto que o ano solar, as estações do ano iniciavam-se em diferentes épocas do calendário egípcio.
Para prever o início das cheias, os astrônomos egípcios baseavam-se em observações. Verificaram que as épocas das cheias costumavam-se ocorrer logo após a data em que a estrela Sirius, a mais brilhante do céu, aparecia um pouco antes do nascer do Sol. Como os egípcios a chamavam de Sotis, o período de 1460 anos denominou-se Ano Sótico.
Diz-se ainda que uma estrela tem nascimento helíaco quando nasce junto do Sol.
Em 238 AC, Ptolomeu Euergetes sugeriu a inserção de um dia a cada 4 anos, para compensar a defasagem. No entanto, este procedimento só foi adotado entre 26 e 33 AC.
Este calendário assim adaptado passou a ser denominado de Calendário Alexandrino e sobrevive ainda hoje no calendário etíope e na Igreja Copta.

O Calendário Babilônico empregava um ano composto de 12 meses lunares, com cada mês se iniciando pelo aparecimento da Lua Crescente no céu noturno. Porém, 12 meses lunares resultam em 354 dias, ou seja, 11 dias a menos que o necessário para completar o período de um ano solar. A cada 3 anos faltarão 33 dias. Mesmo inserindo mais um mês ao final de 3 anos, haverá ainda uma diferença de 4 dias.
O grego Meton, em cerca de 430 AC verificou que em cada 19 anos solares havia 6940 dias, o que corresponde a 235 lunações. Esse ciclo de 19 anos passou a ser chamado de Ciclo Metônico. Os babilônios passaram a empregá-lo cerca de 50 anos após sua descoberta.
Porém, existe ainda uma diferença de 7 meses lunares que precisam ser intercalados ao Calendário Babilônico para que se iguale ao Ciclo Metônico. O moderno Calendário Judaico faz estas inserções de acordo com regras precisas.

Os antigos Calendários Gregos eram bastante caóticos, embora se baseassem nos meses lunares astronômicos. A intercalação do 13º mês não seguia regras claras e dependia da disposição e determinação das autoridades de cada cidade.
A partir do século VI AC, os astrônomos gregos procuraram descobrir ciclos que pudessem disciplinar as intercalações. Um desses ciclos foi o Metônico. No entanto, havia sérias dificuldades para realizar observações astronômicas para se determinar o quarto da Lua Crescente. Assim, a contribuição dos gregos foi a adoção da alternância entre os meses de 29 e 30 dias, em virtude do mês sinódico de 29,53 dias.

Embora o Calendário Romano fosse lunar com a intercalação do 13º mês aos cuidados dos sacerdotes oficiais, essas inserções não foram feitas rigorosamente e, sob Júlio César, eram freqüentemente negligenciadas. Sosígenes reorganizou o calendário e, a partir do ano 45 AC passou-se a intercalar um dia a cada 4 anos. O ano com 366 dias denominava-se ano bissexto.
O Ano Juliano tem então 365,25 dias, diferindo de cerca de 11 minutos do Ano Solar.

Era Cristã
Quando se define um calendário, define-se apenas as regras para periodicidade na contagem do tempo. É preciso ainda estabelecer uma origem ou Época a partir da qual este calendário será utilizado.
Define-se Era como sendo o intervalo decorrido desde uma época (geralmente, uma acontecimento histórico relevante) até outra Data, sendo que esta última pode ser indefinida.
No Ocidente, a Era mais empregada é a Era Cristã.
À época de seu nascimento (do Cristo), ninguém se lembrou de contar os anos decorridos. Muito tempo depois, em Alexandria, subia ao trono o Imperador Diocleciano e a partir de sua ascensão, convencionou-se empregar o Calendário Juliano. No ano 242 da Era Diocleciana, o abade romano Dionísio estava encarregado de preparar tabelas que apresentassem as datas da Páscoa dos anos seguintes, em continuação às já existentes. Sugeriu então que se empregasse os anos segundo uma Era Cristã, já que seu nascimento tratava-se de um evento de grande significado para a religião cristã.

Os métodos empregados para o cálculo da conversão das Eras se perderam no tempo, porém, a partir do ano 248 da Era Diocleciana, passou-se ano 525 da Era Cristã.
O ano utilizado como padrão era o Ano Juliano, iniciando-se em 25 de dezembro.
Entretanto, algumas localidades adotaram estilos diferentes para o início do calendário:

- Estilo Natividade: 25/12
- Estilo Circuncisão: 01/01
- Estilo Veneziano: 01/03
- Estilo Anunciação: 25/03

O Estilo Circuncisão foi adotado oficialmente por coincidir com o Calendário Romano.

Calendário gregoriano
Durante mais de um milênio, o Calendário Juliano era o oficialmente adotado no mundo ocidental. Como vimos, no entanto, havia ainda uma defasagem em relação ao Ano Solar, o que fazia que em 1582, o Equinócio da Primavera estivesse defasado em 10 dias em relação ao calendário definido pelo Sol astronômico.
A Reforma Gregoriana, sob a orientação do astrônomo Lélio, consistiu no seguinte:

- Omissão de 10 dias na contagem do mês de outubro de 1582, de modo que a 5ª feira, 4, se seguisse a sexta-feira, dia 15 (o que fazia com que o Equinócio da Primavera voltasse a ser no dia 21/03).
- Os anos da Era Cristã que fossem múltiplos de 100 deixariam de ser bissextos, exceto quando fossem múltiplos de 400 (o que retirava um dia a cada 100 anos e adicionava 1 a cada 400).

O Calendário Gregoriano não foi aceito por todos os povos ocidentais ao mesmo tempo.. Polônia, Portugal (Brasil), Espanha e parte da Inglaterra adotaram-no imediatamente na data de sua promulgação. Inglaterra (1752), Japão (1873) e Rússia (1918) fizeram-no mais tarde.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Previsão, Previsibilidade e Livre-Arbítrio

Trata-se de um assunto delicado em qualquer boa roda de amigos, em razão das mais diversas crenças e pontos de vista existentes, ora condimentadas com uma boa pitada de bom senso, ora de clara conotação emocional, especialmente em se tratando de previsões humanas...
Mas existem outras áreas de atuação em que as previsões são acompanhadas com enorme interesse, como é o caso das previsões meteorológicas. As companhias de resseguros procuram estabelecer previsões de eventos (preferencialmente catastróficos) com uma antecedência de pelo menos dez anos. Na verdade, quando se trata de dinheiro ou investimentos, as previsões são sempre mais alongadas. Faz-se uma previsão quando aplicamos os nossos recursos pessoais num fundo de capitalização, de pensão ou ainda, num plano de aposentadoria privada.
Veja, não estou me referindo a prognósticos ou probabilidades, mas sim de prever o que ocorrerá dentro de um dado período de tempo. Prever é semelhante a antever, ou, sem quaisquer rodeios, buscar enxergar o futuro.

A maior parte das previsões é construída a partir de referências absolutamente matemáticas (que podem variar... a estatística é uma vasta área de estudos...), utilizando-se de parâmetros já conhecidos de eventos anteriores para, com base nesses dados estabelecer parâmetros futuros. Ou seja, se você investe um determinado valor numa caderneta de poupança constantemente durante dez anos, não será difícil calcular quanto terá ao final da aplicação, uma vez que conheça as taxas de juros vigentes durante o período. Mas, e se o banco quebrar? Ou se houver um plano econômico oficial que mude todas as regras? Ou ainda, se não estiver vivo daqui a dez anos?
Caso tenha observado, fazer previsões é mais comum do que poderíamos imaginar. O acerto e precisão das previsões é inversamente proporcional ao número de interferências e mudanças, considerados como fatores variáveis. É por essa razão que, no mercado financeiro, o desejável são regras fixas e claras, que permaneçam pelo maior tempo possível.

O objetivo de uma previsão é servir de base para um planejamento ou ainda, estabelecer um plano que ofereça o melhor resultado com o mínimo de risco. Quanto maior o número de variáveis conhecidas, maior será a tendência de acerto. No entanto, uma única variável desconhecida pode colocar toda uma previsão por água abaixo.
Por exemplo, manda-se uma sonda para o planeta Marte. Muitas previsões são feitas, com inúmeras possibilidades. Mas o clima deste planeta não é de todo conhecido e muito menos, as suas relações com os ventos solares, e muito menos as possíveis conseqüências sobre a sonda enviada meses ou anos antes. Em outras palavras, o risco envolvido é grande e a chance de algo dar errado, queiram os cientistas ou não, é enorme. A finalidade das previsões, neste caso, é numericamente comprovar aos investidores que estes riscos até que não são tão grandes. E mesmo assim, podemos ficar sem comunicação com a sonda porque se deparou com um enorme buraco do qual não consegue sair e ainda, e´acometida por uma violenta tempestade de areia marciana... rs...

No campo das previsões individuais, existem outros aspectos ainda. Além da natural curiosidade, o ser humano tem uma necessidade de tentar exercer um certo controle sobre a sua vida (e muitas vezes, também da vida alheia). É por esta razão que a maior parte das previsões individuais discorrem sobre os mesmos assuntos: amor e dinheiro.
O ser humano tem se tornado cada dia mais previsível em função do processo de globalização e de seus conseqüentes modismos. As mesmas aspirações e desejos ocorrem em toda a face do planeta. Basta apenas parametrizar o indivíduo dentro de sua escala de desejos. Que me perdoem os psicólogos, psiquiatras, religiosos e outros, esta é a mais pura verdade, pois em essência, o ser humano age cada vez mais dentro de padrões estabelecidos, sua existência se limitando a uma relação do que se espera dele e o que realmente alcança. Em outras palavras, entre os desejos da massa e os desejos individuais.
Prever, então, é estabelecer uma faixa de resultados possíveis dentro de uma linha de tempo própria àquele ser.

Faltam então tecer alguns comentários a respeito do livre-arbítrio. Será que um indivíduo pode realizar absolutamente tudo? Sabe-se que isto não é verdade. Se ele se encontra debilitado por uma doença, sobram-lhe duas alternativas: se esta doença tiver o seu próprio ciclo, ela pode se extinguir naturalmente; ou, se for de natureza grave, terá de se medicar e tratar, do contrário, terá de arcar com as seqüelas próprias daquele mal. O livre-arbítrio é o direito de escolha entre se tratar ou não, neste caso.
Ou seja, existem limitações ao livre-arbítrio e o tamanho deste tudo e está diretamente relacionado a uma condição física. E, sendo físico, é previsível. Uma pessoa que não souber idiomas não exercerá nenhuma ocupação destacada num país estrangeiro, não basta apenas invocar o livre-arbítrio. Ainda, para ser atleta, é preciso disposição, energia, disciplina e outras características associadas ao esporte escolhido. Alguém que não tolere trabalhar sob pressão deve procurar outra atividade e não há livre-arbítrio que supere essa condição.
Mas, e se isso realmente ocorrer? Milagre!!! E milagre é um assunto religioso...
Nada disso!!! Como citei anteriormente, uma previsão será tanto ou mais precisa na medida em que os fatores que concorrem para o seu desfecho sejam conhecidos. Para muitos, a chegada do homem á Lua foi um milagre, à época.

Portanto, as previsões são um fato usual da vida humana, tomada individualmente e em seu conjunto. As previsões são possíveis ao relacionar eventos e condições que se repetem ou se sucedem ciclicamente. Quanto menor o número de fatores desconhecidos, maior será a possibilidade de acerto das previsões, independente da metodologia empregada.
Prever não contradiz nenhum aspecto associado ao livre-arbítrio, uma vez que sua liberdade se encontra atrelada a certas condições físicas, sendo estas últimas absolutamente previsíveis.
Fatores imponderáveis existem; mas apenas o são enquanto desconhecidos. Uma vez conhecidos, podem ser normalmente utilizados em previsões.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Trânsito de Júpiter em Capricórnio

Considerações iniciais
Júpiter permanecerá no signo zodiacal de Capricórnio de 18/12/2007 a 05/01/2009.
Saturno, seu dispositor, durante todo esse período, encontrar-se-á no signo zodiacal de Virgem, permanecendo retrógrado entre 19/12/2007 a 02/05/2008.
Júpiter estará retrógrado entre os dias 09/05/2008 e 07/09/2008.
Assim, num primeiro momento, podemos dividir os períodos do trânsito de Júpiter em Capricórnio da maneira abaixo:
• 18/12/2007 a 02/05/2008: Júpiter direto e Saturno retrógrado.
• 03/05/2008 a 08/05/2008: Júpiter e Saturno diretos.
• 09/05/2008 a 07/09/2008: Júpiter retrógrado e Saturno direto.
• 08/09/2008 a 31/12/2008: Júpiter e Saturno diretos.
• 01/01/2009 a 05/01/2009: Júpiter direto e Saturno retrógrado.

O papel de Saturno
A função do dispositor de um astro é indicar as suas causas ou motivações.
A grosso modo, o papel de Saturno no signo zodiacal de Virgem é organizar e estruturar os meios de produção e os métodos de trabalho. Sua ação sobre as indústrias é buscar resultados tangíveis através da competência, cobrando responsabilidades de todos aqueles que participam do processo produtivo.
A Tradição Astrológica confere a esta configuração a fama de indicar muito trabalho sem uma contrapartida financeira proporcional ao dispêndio de energia ou tempo dedicados, o que torna evidentes os baixos salários.
Avesso ao desperdício, podemos esperar que reduza a ociosidade industrial a níveis bem reduzidos. Ou seja, do ponto de vista da produção, antes de realizar novos investimentos, é melhor contar com a exploração dos equipamentos e meios já disponíveis.
O Brasil é naturalmente governado por Virgem, fazendo com que este pais se torne mais sensível à ação de Saturno. No tema da Independência (07/09/1822, 16:53, São Paulo-SP), este trânsito ocorre na casa VII, que trata do comércio exterior do país. Portanto, sugere que atividade produtiva tem como foco a exportação.
Contudo, Virgem é também o signo da saúde e, o trânsito deste astro neste signo indica todas a conhecida necessidade de estabelecer uma boa organização que atenda à demanda especialmente das classes menos favorecidas, que podem ou não estar empregadas, uma vez que Saturno na casa VII em Virgem não favorece ao trabalhador de baixa grau de instrução ou capacitação profissional.
No âmbito mundial, Saturno indica as dificuldades de sobrevivência encontradas pela fauna e flora do planeta, entre outras coisas.
Outras indicações são ainda possíveis, mas gostaria de manter o foco na atividade produtiva que tem como fim, ser comercializada.

O papel de Júpiter
Normalmente, expande tudo que toca, sendo dado aos excessos.
No entanto, em Capricórnio, no signo zodiacal de sua Queda e sendo governado pelo restritivo Saturno, não haverá muito que possa fazer em termos expansivos e progressistas, particularmente quando este último astro se encontrar direto. Dos diversos significados associados a Júpiter, gostaria de me ater àqueles associados aos negócios, ao mundo das compras e das aquisições, passando pelas atividades bancárias, bolsas de valores e o mundo financeiro em geral. Alguns irão lembrar que este astro representa a figura do embaixador ou do profissional que trabalha com o comércio exterior e, esta indicação será levada em conta mais adiante neste artigo.
Capricórnio é o signo da atividade comercial organizada, como é o caso dos shoppings centers e dos postos de revenda e distribuição. É um signo onde se espera austeridade e seriedade, tendo como objetivo a materialização de resultados. O extravagante Júpiter obviamente que não se encontra à vontade numa região do céu tão dada à seriedade e objetividade. Este signo é ainda aquele das câmaras de comércio e dos órgãos de governo e, o que Júpiter têm de provar enquanto estiver por aqui, é sua credibilidade, uma vez que, no signo anterior, não precisou se preocupar com isso.
Com estas observações em mente, não dá para simplesmente considerar que "expansão" seja automaticamente o tom do período em que Júpiter estiver no signo de Capricórnio. Ao contrário, pode-se afirmar que, em certas ocasiões, ela até ocorrerá, mas dentro das características próprias do signo no qual se encontra.
No mapa do Brasil, Júpiter estará na casa XI e sem formar aspecto com a sua posição natal, na casa IV. Isso quer dizer que, apesar de atuar no campo das alianças (ou pactos) sociais, das finanças de governo e no Congresso, os benefícios não serão sentidos pela população e ainda, as notícias sobre esses assuntos não interferem na opinião popular.
Contudo, a ação de Júpiter ao longo do ano terá nuances, como sugerido pelos períodos indicados acima.

Júpiter direto e Saturno retrógrado
Tão logo Júpiter ingressar em Capricórnio, Saturno, seu dispositor, estará em movimento retrógrado. Com isso, este tende a ser um período menos difícil e restritivo para as atividades comerciais e os negócios em geral. As dificuldades próprias desta época decorrem da produção industrial e não de sua comercialização, portanto, este é um período em que o comércio se encontra aquecido e podemos esperar alguma elevação de preços em razão da demanda aquecida.
Nota: Termos são uma dignidade essencial baseada nos Domicílios, Exaltações e Triplicidades. Os luminares não participam desta dignidade. Indicam uma participação, cooperação ou colaboração. Foram utilizadas os Termos de Ptolomeu.
Entre 18/12/2007 a 14/01/2008, Júpiter estará nos termos de Vênus. Em razão do posicionamento deste último astro, os bons resultados do comércio são obtidos por meio de financiamentos, crediários e cartão de créditos. Existem melhores possibilidades de vendas quando Vênus ingressar em Sagitário (31/12/2007), exceto entre os dias 05 e 07 de janeiro, quando se observa maior comedimento. De todo modo, uma ótima época para vender bens de consumo.
Entre 15/01/2008 e 11/02/2008, Júpiter estará nos termos de Mercúrio, bastante favorável para as atividades comerciais em geral, até quando iniciar o movimento retrógrado, em 28 de janeiro. A partir desta data, é de se esperar que as operadoras de serviços de cobrança entrem em ação. Embora não se possa falar de estagnação, trata-se de uma época de resultados moderados, apropriada para a realização de balanços financeiros relativos a períodos anteriores. Deve-se esperar resultados modestos, enquanto a indústria se organiza. Acordos bilaterais ou contratos internacionais devem ser tratados neste período, com o propósito de assegurar a continuidade das vendas. Um pouco melhor entre os dias 17 e 24 de janeiro, para o setor de construção civil e farmacêutico e, para o setor de decoração nos últimos dias de janeiro.
Entre 12/02/2008 e 22/03/2008, Júpiter estará em seus próprios termos. De certa forma, encontra-se mais à vontade, mas sem a sua força natural. O foco será que os tratados e acordos indicados para o período anterior entrem logo em andamento e será a época em que as importações e as exportações estarão mais fortes, em ambos os sentidos. Entretanto, em virtude do movimento retrógrado de Saturno e a conseqüente falta de estrutura dos órgãos de governo envolvido, dos portos e aeroportos para darem conta da demanda, em termos de produtos comercializados, os resultados serão bastante inferiores à expectativa.
Com respeito a pactos sociais, pode-se esperar o anúncio de algum novo programa para a saúde para estes dias.
Entre 23/03/08 e 27/06/2008, Júpiter estará nos termos de Marte. Em 03/05/2005, Saturno retorna ao movimento direto, impondo suas naturais dificuldades e obstruções ao expansivo Júpiter. Em razão da posição de Marte, o baixo poder aquisitivo da população em geral não estimulará o comércio. Contudo, as vendas estarão aquecidas no setor de vestuário e, especialmente, no ramo de artigos desportivos.

Júpiter direto e Saturno direto
Um pequeno período compreendido entre os dias 03 e 08 de maio, com Júpiter em seus próprios termos. Há foco nos resultados, ou seja, implementar a atividade comercial de uma maneira organizada e estruturada, em todos os níveis da cadeia, ou seja, desde os centros de distribuição, inclusive no exterior e os lojistas.
Júpiter retrógrado e Saturno direto
Ainda em seus próprios termos e, agora, começam as reavaliações. Para o comércio em geral, em todos os níveis da cadeia comercial, este não poderia ser um período mais difícil. As vendas acabam recaindo apenas àquelas considerados essenciais. Grandes empreendimentos (shoppings centers) em vias de serem lançados enfrentam problemas para iniciarem de fato. Em contrapartida, as indústrias funcionam a pleno vapor e já programadas para as vendas de final do ano.
Haverá descompasso e desmentidos nos órgãos de governo, especialmente o Congresso, com vistas à eleição. Não se pode esperar grande produtividade para esta época, mas sim, a expectativa de como serão as novas composições e alianças políticas. Entretanto, nenhuma aliança formada neste período tende a ser duradoura ou se manter consolidada por muito tempo. Nota-se pouco controle sobre as finanças públicas e qualquer ajuste anterior (antes de maio) exercerá algum efeito enquanto Júpiter estiver retrógrado. Ou seja, trata-se de um período bastante instável para o comércio em razão de incertezas no campo político.
Embora o PAC seja a bandeira do governo e o empresariado esteja disposto e produzir, os investimentos tendem a ser escassos. Conseqüentemente, os resultados serão inexpressivos.
Em suma, até 08 de setembro, é o pior período do ano para o comércio e negócios em geral, especialmente o de grande porte, apesar da disposição de reverter as dificuldades. Os períodos mais difíceis serão aqueles em que Júpiter e Saturno formam aspecto entre si, entre 01 e 18 de setembro.

Júpiter e Saturno diretos
Novamente, foco nos resultados. Júpiter estará nos seus próprios termos até 14/11/2008 e a ênfase recai na obtenção de lucro a qualquer preço, particularmente nos primeiros dias do período. Apesar de lentos, os resultados começam a surgir com uma certa consistência, pressionados pela produção industrial e pelos acordos internacionais. Boas parcerias devem surgir ainda nessa época. Favorável para o lançamento de campanhas institucionais na área da saúde. Bom para o início de novos empreendimentos comerciais e campanhas publicitárias em geral.
Entre 15/11/2008 e 14/12/2008, Júpiter estará nos termos de Marte, indicando campanhas publicitárias acirradíssimas. Favorece a compra e venda de veículos em geral. Os últimos dias de novembro e os primeiros de dezembro apresentam boas indicações de vendas, as melhores do período em que Júpiter e Saturno se encontram diretos.
Entre 15/12/2008 e 31/12/2008, Júpiter estará nos termos de Saturno, com este último em movimento direto. Desfavorável para os bens de baixo valor e favorável para os bens duráveis. Bom para o lançamento de imóveis e grandes incorporações. Bom ainda para novos contratos de exportação, particularmente no setor de mineração.
Júpiter direto e Saturno retrógrado
Ainda nos termos de Saturno, até o dia 05/01/2009, Júpiter ainda estará em Capricórnio. Esta configuração sugere grande desorganização financeira e vendas caóticas. Trata-se porém de um período bastante curto em que normalmente existe pouca ou nenhuma atividade produtiva e comercial.

Conclusão
Embora as características acima indicadas sejam de ordem geral, procurei manter o foco dos acontecimentos em nosso país e tomando por referência as relações entre indústria (Saturno em Virgem) e comércio (Júpiter em Capricórnio). Depreende-se que, durante o período em que este último estiver no signo de Capricórnio, ocorrerão oscilações tanto na atividade produtiva como na comercial, com tendência a resultados moderados a ruins. Em várias momentos ao longo do ano, será a indústria que pressionará o comércio, particularmente nas épocas em que Saturno estiver direto.
A partir do segundo semestre, a cena política rouba de vez as atenções, com reflexos negativos para o comércio, embora nem tanto para a indústria.
De todo modo, para ambos os setores, a palavra de ordem é austeridade.