quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eclipse inaugura uma série de 700 anos

O eclipse de 01/07/2011 inaugura a série de Saros 156, que se encerra em 01/09/2714, depois de 69 conjunções entre os luminares. Cada série compartilha de uma mesma geometria, ou seja, o ângulo de incidência do Sol e da Lua são semelhantes. Esta é uma série pequena, uma vez que normalmente cada família de eclipses dura de 12 a 13 séculos.
Cada série tem a sua "personalidade" e "natureza" particulares. As séries começam com eclipses de pequena importância, em razão de sua sombra e duração, crescem ao longo do tempo, fazem um período de eclipses totais, para depois minguarem até se tornarem novamente eclipse de pequena intensidade. Em outras palavras, como qualquer coisa na natureza, nascem, crescem, amadurecem, declinam e morrem.

Mas vamos a alguns detalhes deste eclipse.
Observe a tabela abaixo, obtida no site do Fred Espenak:
Observe que nos primeiros nove eclipses, a altitude do Sol é zero, ou seja, encontra-se no horizonte. esta é a primeira indicação que mostra a falta de força deste eclipse, uma vez que sua atuação é proporcional à sua altura.
A imagem acima (também obtida no mesmo site) mostra a região onde ele será visível. Note que não há nenhuma região habitada. Em sua culminação, a magnitude do eclipse será de 0,097, o que é considerado muito baixo.
O tempo de duração do eclipse é tomado a partir dos horários de contato interno e externo da penumbra. É de quase 1,5 horas, um tempo excessivamente pequeno para ser considerado significativo. Para efeito de comparação, o eclipse ocorrido em 01/06/2011 durou 3,7 horas e é considerado de intensidade mediana.
Trata-se de um eclipse de Nodo Lunar Sul com características de energia anabólica, mas como vimos até o presente, de baixíssima intensidade e de mínima atuação.
Abaixo, o mapa do Eclipse, utilizando sistemas de casas de Campanus e representação proporcional, obtido para as coordenadas onde ocorre. Observe a distorção que há com Gêmeos e Sagitário nas cúspides de várias Casas.
Mas se você prefere a maneira habitual, pode se reportar no mapa abaixo, onde os signos são tomados como referência, e não as casas. Aí é que os "astrólogos" se deitam, porque se esquecem dos preceitos básicos.
Vamos a um resumo: Há um T-Square entre o eclipse, Saturno e Urano (em oposição). Mas como o eclipse NÃO é visível, conta com um Sol em altura ZERO (ocorre no horizonte), tem baixa magnitude e é um iniciador, NÃO disparará nenhum evento no MUNDO. E, por conseguinte, não terá nenhuma participação na vida dos indivíduos. Nem dos pinguins (ou pesquisadores) que porventura estiverem por lá acompanhando o evento.

Software utilzado: Janus 4.3