domingo, 27 de abril de 2008

Escasses de alimentos? Alta do Petróleo?

Três notícias têm sido constantes nos últimos meses:
- a escassez dos alimentos.
- a alta do petróleo.
- a grave crise econômica dos EUA.

As conseqüências do conjunto desses acontecimentos têm levado aos governantes e as suas nações ao medo de uma recessão global.
Bem... os gurus de todas as partes, inclusive o Argüelles, com a sua proposta do Calendário Maia, a mais de 20 anos postulam que o mundo passará por uma reformulação severa em meados de 2012. Estamos quase chegando lá.
Alguns textos hoje encontrados na Internet dão conta que as "profecias" daqueles gurus já se realizaram parcialmente. Eu tomei conhecimento de seu teor ainda em 1986 e confesso ter duvidado delas... Nesses textos, embora mudem de tom, encontramos uma constante, que enfoca o fim do sistema financeiro como o conhecemos. Raros são aqueles que falam de alguma catástrofe natural. Mas, se o dinheiro acabar ou perder o seu valor, estaremos diante de uma catástrofe de proporções inimagináveis, uma vez que o valor dos bens e serviços terá de ser revisto a um patamar daquilo que realmente valem.
Há uma pressão inflacionária ocorrendo em todo o planeta, impulsionada pelos indicadores acima descritos. Apenas um deles já seria necessário para gerar uma pressão de elevação dos preços. Duas das componentes que impulsionam essa pressão são essenciais para a manutenção do sistema de sobrevivência da humanidade, a saber, alimentos e petróleo. Este último, não é apenas a origem dos combustíveis, mas também, a fonte de um sem número de outros subprodutos, como plásticos, isopor, etc...
A população cresceu? É um dos fatores e talvez o fator decisivo sobre todos os demais.
Tivemos alguns anos de crescimento sustentado da economia, que proporcionaram ganhos de renda sensíveis, especialmente em nações antes consideradas pobres. China, Índia e Brasil, atualmente considerados emergentes, melhoraram em muito a qualidade de vida de seus habitantes. Estes, passaram a consumir mais, a comprar mais e a comer mais e melhor. A primeira parte da equação está montada. E, para completar esta parte, a demanda de consumo encontra-se acima da capacidade industrial.
No caso dos EUA, as questões são outras, derivadas da maneira como administram o seu sistema financeiro e o que lhes dá fundamento. Na verdade, no âmago desta questão se encontra uma gravíssima crise de valor, que já levou os Tigres Asiáticos quase à falência. No entanto, estamos comentando sobre a maior economia do planeta, que atualmente se encontra em meio a uma crise sem proporções, uma vez que é muito maior que aquela de 1929 e tem fundamentos diferentes.
Pode-se dizer que a capacidade de produção do planeta está próxima de seu limite, juntando ao tema da sustentabilidade e da preservação ambiental (emissão de carbono, etc...) e o assunto fica ainda mais complexo.

Desde de setembro de 2007 que Saturno se encontra no signo zodiacal de Virgem.
Tivemos Rodada de Doha e Reunião do G7 nos termos de Mercúrio, sem nenhum resultado prático. Muita conversa para vermos os preços do milho e do trigo dispararem no mercado internacional. Pouco após a Rodada de Doha, tivemos uma reunião do blocos dos países emergentes onde o assunto principal eram as tarifas sobre alimentos novamente. O resultado não foi diferente daquele obtido na Rodada de Doha.
Saturno esteve retrógrado entre 31/12/2007 a 03/05/2008, voltando até o início do signo e reforçando as suas características associadas à produção industrial e de alimentos.
Voltando ao movimento direto, ainda nos termos de Mercúrio, outras reuniões ou conversas a nível de governo devem continuar ocorrendo, especialmente ao longo de maio, enquanto Mercúrio estiver em Câncer.
A partir de setembro, Saturno estará nos termos de Vênus, quando Júpiter também retornará ao movimento direto. Este pode der o período em que se possa chegar a acordos sobre os preços da commodities em geral, incluindo os alimentos, bem como, alguma coisa quanto às tarifas. É bastante provável que estejam num patamar de preços mais elevado que aquele praticado no início do ano, mas já tenham se acomodado a uma nova realidade, sem tantas oscilações que assustam os mercados.
Nesta época, mesmo os EUA tendem a estar numa situação ligeiramente mais confortável. No entanto, a sua economia não se normalizará tão rapidamente quanto seria desejável, contaminando de incertezas outros mercados ao longo do globo.
Para o ano de 2008, portanto, falar de escassez de alimentos é um pouco forte, mas sim de aumento da demanda, mais adequado. Diversos países, dentre eles o Brasil, têm tido safras recordes e enfrentam altas tarifas alfandegárias para colocarem seus produtos no mercado. De todo modo, tendem a trazer um ganho de valor considerável, notadamente a partir de setembro, quando Júpiter também estiver direto em Capricórnio.

Porém, que não se desconsiderem os sinais que sugerem uma catástrofe financeira em andamento.